SEIDI SÃO PAULO

O que vier na cabeça, sem revisar os textos.

Thursday, April 20, 2006

 

Onde encontrar gringos?

Em qualquer pub irlandês da cidade. Tóquio, Roma, Kiev, Bucareste. E agora, São Paulo. A nossa cidade estava carente de um local de encontro dos estrangeiros. O mais antigos Lone Star e Finnegans já atraem muitos brasileiros. Atualmente O´Malleys parece ser o oásis dos expatriados.

São Paulo é uma cidade dispersa, não existem locais onde há uma grande concentração de estrangeiros. Desta forma, é uma cidade interessante, fragmentada, para ser descoberta. Mas será que a cidade não precisaria se empenhar um pouco mais para ajudar os estrangeiros perdidos? Os pouquíssimos centros de informação são bunkers de concreto sem apelo visual. Não existe um centro comunitário onde estrangeiros e brasileiros possam intercambiar gratuitamente.

Ouvi dizer que o metrô de São Paulo terá indicações e anúncios das estações em inglês. Finalmente. Estará a um passo de uma cidade habitável para os estrangeiros. É uma pena que os brasileiros não apreciam muito isso alegando a “invasão imperialista” americana, perda da identidade nacional, e da riquíssima língua brasileira. Vamos encarar a realidade: atualmente o inglês é preciso. Talvez daqui a alguns séculos, pode ser que português tenha o status de língua cultural, como francês foi um dia.

No Japão, mesmo em cidades pequenas, tem a presença de um “International Center”. Kumamoto, cidade localizado ao sul do país (proporção equivalente a Fortaleza – CE), o possui. Aliás muito moderno, localizado na região central da cidade, com um lounge acarpetado e telão exibindo CNN. Você pode folhear as ultimas edições das revistas nos sofás confortáveis e conhecer algum estrangeiro. Vale lembrar que os estrangeiros não são apenas “americanos”. Podem ser chineses, nigerianos ou neozelandeses. Aí é que está a parte interessante. Existe um mural onde as pessoas podem colocar mensagens como “vendo minha bicicleta ano 2001, pois estou retornando ao meu país”, “sou da Indonésia, muçulmana, procuro uma moça japonesa para dividir o apartamento comigo” ou “sou uma inglesa, gostaria aprender espanhol. Posso ensinar inglês. Procuro alguém para fazer este intercâmbio de línguas”. É uma forma inteligente de aprender línguas. E é de graça.

Foi por causa de um anúncio assim que meu amigo peruano C. veio me consultar. “Vou ter problemas?”. “Pode ser coisa de máfia japonesa?”. E confuso, lançou-se uma expectativa com segundas intenções: “e se essa inglesa, for interessante?”. E ele foi ao encontro com a inglesa M. para o tal “intercâmbio”. No dia seguinte, ele chegou saltitante. “Você não imagina o que fiz ontem, com ela”. Disse que foi até, digamos ao final. No apartamento dela. Além disso, bonita, com olhos azuis e é legal. Que sorte a sua. Era destino mesmo. E a aula de inglês/espanhol? “Para quê?”, ele respondeu com sorriso largo e completou “já estou apaixonado”.

Que tal um “International Center” desse no coração da av. Paulista?

Já existe um no Brasil. Só que virtual.
Viste
www.gringoes.com.br

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